Verstappen chega ao circuito Gilles Villeneuve ciente de que, se perder mais um ponto em sua superlicença, estará automaticamente fora do GP da Áustria, no fim de semana de 27 a 29 de junho.
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Algo que, para seu grande mentor, o assessor da Red Bull Helmut Marko, "seria uma catástrofe".
"Ele não tem que fazer nada errado nos próximos dois fins de semana e, claro, será avisado para não fazer nada imprudente", declarou Marko ao portal speedweek.com.
O holandês de 27 anos, terceiro colocado no atual campeonato de pilotos (137 pontos), atrás da dupla da McLaren, o australiano Oscar Piastri (186 pontos) e o britânico Lando Norris (176 pontos), foi penalizado no GP da Espanha por provocar um choque com a Mercedes de George Russell.
Verstappen itiu que foi uma ação deliberada que "não deveria ter acontecido" e agora terá que sobreviver a duas corridas sem incidentes antes que os pontos de penalização de sua superlicença sejam reduzidos.
"Barcelona foi decepcionante para nós", reconheceu o tetracampeão. "Apesar de termos dado tudo, a corrida não aconteceu da forma como gostaríamos".
"Vamos motivados para o Canadá. O traçado é único, tem algumas zebras antigas e muitas possibilidades de ultraagem", disse o holandês.
O retorno a um circuito de alta velocidade, em que os freios são colocados à prova até o limite, pode ser uma boa notícia para Verstappen e a Red Bull, que busca alguma forma de conter os líderes da McLaren na luta pelo título.
Mercedes e Ferrari tentam engrenar
Mercedes e Ferrari também esperam finalmente engrenar no Canadá, etapa que provavelmente terá o público a favor do piloto da casa, Lance Stroll (Aston Martin), de volta ao paddock depois de ar por cirurgia nos punhos.
"É um circuito no qual já tivemos bons resultados e estou realmente ansioso", declarou o diretor técnico da Mercedes, James Allison.
As Mercedes não vencem uma corrida desde o GP de Las Vegas de 2024, enquanto a McLaren, equipe dominante na atualidade, não vence no Canadá desde 2012, quando o heptacampeão mundial Lewis Hamilton conseguiu uma de suas sete vitórias no circuito, um recorde que divide com o lendário Michael Schumacher.
A Ferrari, que sempre recebe apoio do apaixonado público canadense, não vence em Montreal desde 2018 e, a julgar pelo desempenho na temporada, precisará de um golpe de sorte para voltar ao degrau mais alto do pódio.
No entanto, o traçado do circuito Gilles Villeneuve sempre foi o favorito de Hamilton. Lá, ele conseguiu sua primeira vitória na F1, em 2007.
O britânico chega ao Canadá sem nem sequer ter subido ao pódio na temporada e precisando superar os problemas de adaptação ao carro, que abriram debate sobre sua decisão de deixar a Mercedes.
A situação ainda não é crítica, pois o piloto de 40 anos conta com o apoio do chefe da Ferrari, Fred Vasseur, mas, depois de nove das 24 provas do campeonato já disputadas, a temporada está longe de ser considerada como positiva.